Após 63 jogos, a mais espetacular das vinte Copa da Copa do Mundo já realizadas está chegando ao fim. Neste domingo, a partir das 16h, no mítico Maracanã, a história será novamente escrita por alemães e argentinos, que se enfrentam pela terceira vez na decisão de uma Copa. Argentinos e alemães se enfrentaram na final da Copa nas edições de 1986 e 1990, cada equipe venceu uma Copa em cima a outra. Esta será a primeira vez que a partida decisiva será repetida pela terceira vez entre duas seleções.
Ao todo, alemães e argentinos se cruzaram 20 vezes, com vantagem para os albicelestes, que venceram nove vezes. Nos demais duelos, cinco empates e seis triunfos alemães. Por Copas, já aconteceram seis confrontos. A Alemanha ganhou três vezes, 1 a 0 em 1990, a goleada de 4 a 0 nas quartas de final da Copa de 2010 e um 3 a 1 na fase de grupos de 1958.
A única vitória argentina em Mundiais contra os germânicos ocorreu justamente na decisão de 1986, quando ganhou por 3 a 2. Nos outros dois jogos, duas igualdades. Primeiramente, um empate sem gols na fase de grupos em 1966 e, 40 anos mais tarde, o placar de 1 a 1 deixou um sabor de derrota para aos argentinos, que foram eliminados nas penalidades nas quartas de final pelos alemães, que sediavam a competição.
O 21º encontro entre os dois países foi definido quando os albicelestes superaram a Holanda nos pênaltis por 4 a 2, após empate sem gols no tempo normal e na prorrogação. Um dia antes, os germânicos golearam o Brasil por 7 a 1 e se confirmaram na decisão da Copa.
O 21º encontro entre os dois países foi definido quando os albicelestes superaram a Holanda nos pênaltis por 4 a 2, após empate sem gols no tempo normal e na prorrogação. Um dia antes, os germânicos golearam o Brasil por 7 a 1 e se confirmaram na decisão da Copa.
Na primeira final que Argentina e Alemanha se enfrentaram foi na Copa do Mundo de 1986, no México, que teve como grande protagonista Maradona. El Pibe de Oro, como é conhecido o camisa 10 argentino, marcou cinco gols na competição, incluindo o famoso gol de mão, “La Mano de Dios”, contra a Inglaterra, nas quartas de final, e ajudou a Argentina a ganhar a Copa. O polêmico gol garantiu a vitória dos argentinos por 2 a 1. Maradona fez os dois gols nesta partida.
Nas semifinais, a Argentina reencontrou a Bélgica. Maradona estava mordido com os belgas pelo fato de eles terem “batido” demais nele no Mundial de 1982, na Espanha. O craque marcou os dois gols da vitória por 2 a 0 da albiceleste, que garantiu a vaga na final. Na Decisão, a Argentina enfrentou a Alemanha Ocidental e venceu por 3 a 2 em um jogo emocionante, com três gols nos últimos 15 minutos de jogo. Dom Diego Maradona foi responsável pelo lançamento para o último gol na vitória sobre os alemães. Burruchaga deu números finais ao jogo com assistência do "Dios" argentino.
Argentina 3 x 2 Alemanha
Ficha Técnica
Árbitro: Romualdo Arppi Filho (Brasil)
Local: Estádio Azteca (Cidade do México)
Público: 114.600 espectadores
Data: 29 de junho de 1986
Gols: Brown 23´1T, Valdano 10´2T e Burruchaga 38´2T (ARG); Rummenigge 29´2T e Voller 35´2T(ALE)
Cartões Amarelos: Pumpido, Olarticoechea, Enrique, Maradona (ARG); Briegel, Lothar Matthaüs (ALE)
Argentina: Pumpido, Brown, Ruggeri e Olarticoechea; Cuciuffo, Batista e Giusti; Enrique e Maradona; Burruchaga (Trobbiani) e Valdano. Técnico: Carlos Bilardo
Alemanha Ocidental: Schumacher, Jakobs, Berthold, Forster e Briegel; Matthaus, Brehme, Magath (Hoeness) e Eder; Rummenigge e Allofs (Voller). Técnico: Franz Beckenbauer
Quatro anos depois, na Itália, a Alemanha deu o troco. Novamente comandada por Franz Beckenbauer, fora do campo e por Lothar Matthäus, dentro das quatro linhas, a equipe germânica venceu os rivais na final por 1 a 0 conquistou o tricampeonato. Na fase de grupos, os adversários foram Iugoslávia, Colômbia e Emirados Árabes. Nas duas primeiras rodadas, vitórias de 4 a 1 na Iugoslávia e 5 a 1 nos Emirados Árabes. Com lugar assegurado nas oitavas de final, a seleção alemã diminuiu o ritmo e ficou no empate em 1 a 1 com a Colômbia.
Nas oitavas de final, a Mannschaft teve um confronto indigesto contra a Holanda, de Gullit e Van Basten. Os alemães saíram na frente e seguraram a vitória por 2 a 1, com gols de Klinsmann e Brehme. Na sequência, vitória por 1 a 0 sobre a Tchecoslováquia, com um gol de Matthäus.
Na fase semifinal, a Alemanha teve pela frente a arquirrival Inglaterra. Em partida bastante equilibrada, Brehme abriu o placar aos 14min do primeiro tempo, mas Lineker empatou ainda antes do intervalo. O placar seguiu empatado, e a vaga foi decidida os pênaltis. Os alemães foram mais felizes e venceram por 4 a 3.
Na finalíssima, diante de uma Argentina desfalcada de quatro titulares suspensos, Olarticoechea, Batista, Giusti e Caniggia, algoz do Brasil e com Maradona fora da forma ideal, a vitória magra por 1 a 0, só saiu com um gol de pênalti aos 40min do segundo tempo, após Sensini cometer pênalti em Voeller. O lateral esquerdo Andreas Brehme cobrou e garantiu o tricampeonato alemão.
Argentina 0 x 1 Alemanha
Ficha Técnica
Local: Stadio Olimpico, Roma
Árbitro : Edgardo Codesal (México)
Gol: Andreas Brehme 40´2T
Cartões Amarelos: Gustavo Dezotti, Pedro Troglio, Diego Maradona (ARG); Rudi Voeller (ALE)
Cartões Vermelhos: Pedro Monzon, Gustavo Dezotti (ARG)
Ficha Técnica
Local: Stadio Olimpico, Roma
Árbitro : Edgardo Codesal (México)
Gol: Andreas Brehme 40´2T
Cartões Amarelos: Gustavo Dezotti, Pedro Troglio, Diego Maradona (ARG); Rudi Voeller (ALE)
Cartões Vermelhos: Pedro Monzon, Gustavo Dezotti (ARG)
Argentina: Goycoechea; Lorenzo, Simon, Serrizuela, Ruggeri (Monzon), Sensini, Troglio, Burruchaga (Calderón), Basualdo; Maradona e Dezotti. Técnico: Carlos Bilardo
Alemanha: Illgner; Kohler, Augenthaler e Buchwald; Berthold (Reuter), Littbarski, Hässler, Matthäus, Brehme; Klinsmann e Völler. Técnico: Franz Beckenbauer
O jogo de hoje
Sem nenhum problema físico no plantel, tudo indica que Joachim Löw repita a mesma formação utilizada contra o Brasil, um 4-1-4-1 com Schweinsteiger entre as linhas, Khedira e Kroos à frente, com total liberdade de avançarem, mais Özil e Müller abertos nos flancos, entrando nas diagonais para se juntarem a Klose no comando de ataque.
Do outro lado, é provável que Alejandro Sabella não conte mesmo com Angel Di Maria e entre com o mesmo time que iniciou o duelo contra a Holanda, com Enzo Perez na vaga do jogador do Real Madrid, fazendo o lado direito da linha de três armadores do 4-2-3-1 argentino, com Pocho Lavezzi espetado no lado oposto e Messi centralizado.
Alemanha x Argentina
Ficha Técnica
Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Arbitragem: Nicola Rizzoli (Itália), auxiliado por Renato Faverani e Andrea Stefani (ambos da Itália)
Alemanha: Neuer; Lahm, Boateng, Hummels e Howedes; Schweinsteiger e Khedira; Muller, Kroos e Ozil; Klose. Técnico: Joachim Löw
Argentina: Romero; Zabaleta, Demichelis, Garay e Rojo; Mascherano, Biglia, Enzo Perez e Messi; Lavezzi e Higuaín. Técnico: Alejandro Sabella
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